O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica nos Municípios de Parati e Angra dos Reis (STIEPAR) divulgou, nesta semana, um forte posicionamento em defesa da retomada e conclusão das obras da usina nuclear Angra 3. Em meio ao impasse sobre a presidência da Eletronuclear e à indefinição dos cargos de diretoria, o STIEPAR cobrou responsabilidade do governo federal e reafirmou a importância estratégica do empreendimento para o país.
Com o título “ANGRA 3: O POVO BRASILEIRO NÃO DESISTE NUNCA”, o informativo destaca a articulação política do deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), que promoveu uma audiência pública na Câmara dos Deputados no último dia 27 de maio, reunindo parlamentares, especialistas e representantes do setor energético para debater o futuro de Angra 3.
O STIEPAR chama a atenção para a ausência de uma definição clara por parte do governo quanto à sucessão da presidência da Eletronuclear. A entidade critica o alinhamento da empresa com os interesses da Eletrobras privatizada, em detrimento da soberania energética nacional.
Os dados apresentados no informativo são contundentes:
• R$ 23 bilhões: custo estimado para concluir Angra 3;
• R$ 21 bilhões: custo para desativar a obra;
• R$ 24 bilhões por ano: potencial de retorno com Angra 3 em operação.
Diante desse cenário, o STIEPAR faz um apelo direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Ou o senhor lidera esse processo agora, ou o fracasso do setor nuclear brasileiro poderá pesar negativamente nas urnas em 2026. A soberania energética do Brasil não pode mais ser adiada.”
FENATEMA APOIA A LUTA DOS TRABALHADORES
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (FENATEMA) manifesta total apoio à posição do STIEPAR e reforça a urgência de ações concretas por parte do governo federal. Para a FENATEMA, Angra 3 representa não apenas um projeto de geração de energia, mas um símbolo da capacidade do Brasil de investir em infraestrutura, desenvolvimento e autonomia energética.
“Estamos juntos com o STIEPAR nessa luta. O Brasil não pode continuar à mercê dos interesses do mercado em um setor tão estratégico. Energia é soberania, é desenvolvimento, é futuro. Angra 3 precisa ser concluída com responsabilidade, transparência e compromisso com o povo brasileiro”, afirmou a direção da FENATEMA.
A Federação seguirá mobilizada, ao lado dos sindicatos filiados, para garantir que a voz dos trabalhadores e da sociedade seja ouvida e respeitada.
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