Na segunda rodada de negociação da campanha salarial, realizada nesta terça-feira (13), a Sabesp deixou claro seu posicionamento hostil aos direitos dos trabalhadores. Apesar dos lucros bilionários acumulados nos últimos anos, a empresa apresentou uma proposta considerada vergonhosa: reajuste salarial limitado ao IPC/FIPE (5,01%) e zero de aumento nos benefícios.
A justificativa da diretoria da empresa? A alegação de que os trabalhadores e trabalhadoras já seriam “privilegiados com benefícios diferenciados”. A fala foi recebida com indignação pelas entidades sindicais, que denunciaram o cenário de cortes estruturais, redução de equipes e sobrecarga de trabalho, que atinge duramente a categoria.
Frente à proposta, o Sintaema-SP e o Sintius rejeitaram a posição da Sabesp e indicaram um possível movimento grevista. “Mais uma vez, a direção da empresa tenta impor perdas e desmobilizar a categoria — mas vai encontrar resistência”, afirmou José Faggian, dirigente do Sintaema.
Durante a reunião, a Sabesp ainda declarou que não pretende apresentar novas concessões, o que foi imediatamente rebatido pelas entidades sindicais, que ressaltaram o sólido desempenho financeiro da companhia como prova da capacidade de atender às reivindicações.
Próximos passos da mobilização
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O Sintius convocou assembleia para esta quarta-feira (14), às 18h, em sua sede em Santos e na subsede de Registro.
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O Sintaema-SP realizou assembleia na terça (13), na qual os trabalhadores aprovaram, por ampla maioria, o Estado de Greve, o Estado Permanente de Assembleia e marcaram nova assembleia para quinta-feira (15), às 18h.
As entidades reforçam a importância da mobilização de todos e todas neste momento decisivo. A unidade da categoria será fundamental para enfrentar os ataques e garantir avanços nas negociações.

Mais informações
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